5 Regras de Ouro de um Fluxo de Trabalho BIM

Há apenas algumas décadas, construções eram concebidas no papel. Qualquer erro significava que desenhistas teriam que raspar a folha ou recomeçar. E tudo era mantido em pastas grandes e volumosas.

Embora isso possa parecer nostálgico, estamos agora a quilômetros de distância do papel vegetal e de erros desnecessários. Temos formas muito melhores de criar, armazenar e analisar dados de todos os formatos. Entretanto, isso tudo veio com seu próprio conjunto de desafios!

Hoje, o que comumente chamamos de “fluxo de trabalho BIM” se refere a um conjunto de processos e ferramentas que devem auxiliar a construção, em todas as suas fases. Mas eis o desafio: esse fluxo está realmente desempenhando esta função ou está apenas acrescentando uma camada de complexidade e ambiguidade de que não precisamos?

Só há uma maneira de descobrir! Vamos explorar o que poderia ser as 5 regras de ouro de um fluxo de trabalho BIM. Para nos ajudar a navegar através delas, vamos criar juntos agora uma abreviação que possamos lembrar! Eu vou chamá-la de:

AWARE – Acessibilidade, Worksharing, Aplicabilidade, Regularidade e Eficiência.

1. Acessibilidade

O que se move mais rápido do que a velocidade da luz? O versionamento de um arquivo. No primeiro dia, é versão 001 e, no dia seguinte, já está na versão 100. Mas como acompanhar todas essas mudanças e ter certeza de que estamos sempre trabalhando com os últimos modelos?

Antes de tudo, o uso de um CDE (Common Data Environment) é essencial na composição de um repositório online compartilhado que seja acessível por todos os membros da equipe. Afinal, cada fluxo de trabalho BIM começa com a capacidade da equipe de acessar os dados corretos no momento certo. Problema resolvido, certo? Bem, não exatamente.

A verdadeira resposta está em um fluxo de trabalho integrado: um ecossistema que nos permita acessar todos os dados armazenados em nosso CDE selecionado.

Então, simplesmente conectamos diretamente a partir de nossas ferramentas favoritas e começamos a trabalhar. Sem mais dúvidas, sem margem para erros e sem a tripla verificação com nossos colegas sobre os arquivos a serem abertos.

2. Worksharing

Eis o sonho de todos os coordenadores BIM: um fluxo de trabalho BIM que acompanha perfeitamente os processos de construção. E quando dizemos construção, pensamos imediatamente em todas as diferentes disciplinas, suas diversas ferramentas e a coordenação necessária entre elas.

Para facilitar este aspecto, um bom fluxo de trabalho BIM requer dois parâmetros importantes:

• Dentro de uma disciplina, permita que os membros da equipe dividam a carga de trabalho entre eles. Por exemplo, em vez de um único coordenador BIM ser responsável por detectar milhares de conflitos em um projeto, esta missão poderia ser compartilhada com outros coordenadores e membros da equipe BIM.

• Dentre as diferentes disciplinas, permita uma maneira fácil de se comunicar com terceiros! Isto poderia tomar a forma de BCF Managers integrados dentro das ferramentas que eles utilizam.

3. Aplicabilidade

Imaginemos o seguinte: um coordenador BIM passa algumas semanas elaborando o Plano de Execução BIM (BEP) perfeito. Todas as regras de modelagem, as convenções de nomenclatura, os níveis de desenvolvimento pretendidos (LOD), a estrutura da equipe e os detalhes mais aprofundados já estão documentados. Então, o coordenador BIM o entrega orgulhosamente a todos os membros da equipe.

Esse é um documento de extremo valor, sem dúvida. Entretanto, seu valor real só pode ser testado com uma palavra: aplicabilidade. Mas sejamos francos, de que preferimos dispor? Orientações simples de BIM que são seguidas intuitivamente e aplicadas facilmente por todos os membros da equipe? Ou um processo BIM complexo demais, que no final acaba não sendo aplicado corretamente por ninguém?

Para verificar isso, poderíamos fazer perguntas como:

Qual é a melhor maneira de comunicar estas regras dentro das ferramentas utilizadas pelos membros da equipe?

Essas ferramentas estão ajudando os usuários a se sentirem livres para criar, modelar e analisar? Ou estão fazendo com que eles se sintam restringidos por complicações desnecessárias? Talvez até mesmo consumindo suas horas com tarefas que tomam muito tempo?

É melhor juntar diferentes ferramentas para atingir nossos objetivos ou o mesmo poderia ser alcançado com poucos mas bons ecossistemas?

Quando este processo é realizado de forma harmônica e quase intuitiva, sabemos que tivemos êxito.

4. Regularidade

Aqui vai um segredo: Durante muito tempo, pensei que um dos fatores que definem um bom processo BIM é a qualidade dos resultados que podemos obter. E isso é verdade, é claro. Mas não é o quadro completo. Mais tarde, percebi que se trata muito mais de ser capaz de manter essa qualidade durante as diferentes fases de um projeto e garantir os mesmos resultados de forma consistente.

Portanto, o ceito mestre aqui é – que rolem os tambores – regularidade! Em outras palavras, podemos confiar em nosso processo BIM para garantir os mesmos resultados qualitativos todas as vezes?

• Temos um método confiável para eliminar clashes duplicados e detectar sua resolução de forma automática e segura?

• E quanto aos valores em nosso projeto? Temos quantitativos confiáveis para a extração de dados que também podem ser atualizadas ao longo do tempo?

• E o mais importante: podemos reproduzir sem dificuldades uma abordagem bem sucedida? Poderia ser através da viabilização de modelos de projetos, compartilhando regras com todos os membros da equipe, etc.

Estas perguntas poderiam assumir muitas formas diferentes, mas sinta-se à vontade para percorrer a lista de exemplos acima. Se você puder responder “sim” e com detalhes, é bem provável que você esteja no caminho certo!

5. Eficiência

Aqui estamos nós! O recurso mais “de ouro” que temos neste planeta: o tempo. Você provavelmente adivinhou certo que ele apareceria inevitavelmente nesta lista, e você acertou!

Para ir um passo adiante, pensemos nisso em termos de eficiência. Afinal, trata-se de poder alcançar os mesmos resultados com o mínimo de tempo e esforço.

Para visualizar melhor isso, aqui está um desafio: Vou listar alguns cenários A/B e você escolhe o que lhe parecer mais apropriado. Preparados? Apontar, vai!

Cenário 1:
A: Você (e os membros de sua equipe) executam todas as tarefas manualmente
B: Você estabelece uma automação para todas as tarefas básicas

Cenário 2:
A: Você verifica cada clash manualmente para saber se foi resolvido ou não
B: Você clica em um botão, e vê os resultados

Cenário 3:
A: Você procura a issue sobre a qual seu colega lhe informou: em sua caixa de entrada, nos chats, nos arquivos Excel… apenas para lembrar que foi um telefonema
B: Você verifica o histórico completo de cada issue em uma plataforma centralizada

Parabéns, você acabou de ganhar um prêmio pelas respostas mais rápidas do mundo! A diferença entre estes cenários foi ridiculamente óbvia? Se sim, tudo o que resta é colocar estes processos em prática, e nós podemos ajudar!

Em conclusão, aimplementação de um fluxo de trabalho BIM estruturado pode parecer uma tarefa assustadora. Entretanto, basta listar as considerações mais importantes, e encontrar e estabelecer as ferramentas corretas de acordo.

Quer saber mais? Clique aqui para descobrir as 7 razões pelas quais um fluxo de trabalho conectado fará uma grande diferença para o seu projeto BIM!